Técnica de Auditoria é o conjunto de processos e ferramentas operacionais de que se serve o controle para a obtenção de evidências, as quais devem ser suficientes, adequadas, relevantes e úteis para conclusão dos trabalhos (CGU).
Talvez você esteja se perguntando o que vem a ser evidências e, também, os adjetivos dispostos na conceituação acima suficientes, adequadas, relevantes e úteis. Pois bem! as evidências de auditoria são as provas em que o auditor deve basear suas conclusões sobre o objeto auditado, ou seja, sobre aquilo que está sendo auditado.
As evidências são suficientes quando o auditor não necessitar coletar provas adicionais para sua conclusão e, são adequadas, quando a informação condiz com a natureza dos trabalhos (tipos) de auditoria realizados.
As evidências de auditoria são relevantes quando indicam alto grau de importância para a conclusão e, são úteis quando são obtidas de forma legal e servem para corroborar a opinião do auditor.
O conhecimento em detalhes das técnicas de auditoria é muito importante para a obtenção de evidências de auditoria robustas e com baixo risco de auditoria, isto é, o risco de se emitir uma opinião ou conclusão de forma equivocada é mitigado.
É necessário observar a finalidade específica de cada técnica de auditoria, com vistas a evitar a aplicação de técnicas inadequadas, a execução de exames desnecessários e o desperdício de recursos humanos e tempo.
As inúmeras classificações e formas de apresentação das Técnicas de Auditoria são agrupadas nos seguintes tipos básicos:
I. Indagação Escrita ou Oral – uso de entrevistas e questionários junto ao pessoal da unidade/entidade auditada, para a obtenção de dados e informações.
II. Análise Documental – exame de processos, atos formalizados e documentos avulsos.
III. Conferência de Cálculos – revisão das memórias de cálculos ou a confirmação de valores por meio do cotejamento de elementos numéricos correlacionados, de modo a constatar a adequação dos cálculos apresentados.
IV. Confirmação Externa ou Circularização – verificação junto a fontes externas ao auditado, da fidedignidade das informações obtidas internamente. Uma das técnicas, consiste na circularização das informações com a finalidade de obter confirmações em fonte diversa da origem dos dados.
V. Exame dos Registros – verificação dos registros constantes de controles regulamentares, relatórios sistematizados, mapas e demonstrativos formalizados, elaborados de forma manual ou por sistemas informatizados. A técnica pressupõe a verificação desses registros em todas as suas formas.
VI. Correlação das Informações Obtidas – cotejamento de informações obtidas de fontes independentes, autônomas e distintas, no interior da própria organização. Essa técnica procura a consistência mútua entre diferentes amostras de evidência.
VII. Inspeção Física – exame usado para testar a efetividade dos controles, particularmente daqueles relativos à segurança de quantidades físicas ou qualidade de bens tangíveis. A evidência é coletada sobre itens tangíveis.
VIII. Observação das Atividades e Condições – verificação das atividades que exigem a aplicação de testes flagrantes, com a finalidade de revelar erros, problemas ou deficiências que de outra forma seriam de difícil constatação. Os elementos da observação são: a) a identificação da atividade específica a ser observada; b) observação da sua execução; c) comparação do comportamento observado com os padrões; e d) avaliação e conclusão.
VIII. Corte das Operações ou “Cut-Off” – corte interruptivo das operações ou transações para apurar, de forma seccionada, a dinâmica de um procedimento. Representa a “fotografia” do momento-chave de um processo.
X. Rastreamento – investigação minuciosa, com exame de documentos, setores, unidades, órgãos e procedimentos interligados, visando dar segurança à opinião do responsável pela execução do trabalho sobre o fato observado.
As técnicas de auditoria podem ser subdivididas, didaticamente, em técnicas de coleta de dados, técnicas de diagnóstico e técnicas de evidenciação.
Veja as técnicas de auditoria abordadas no nosso curso Auditoria Governamental:
Módulo Técnicas de Auditoria Governamental (5h/aula) |
Aula 01 – Introdução à Auditoria Governamental (tempo: 15′:25″) |
Aula 02 – Planejamento de Auditoria Governamental (tempo: 16′:15″) |
Aula 03 – Técnicas e Procedimentos de Auditoria (tempo: 12′:54″) |
Aula 04 – Técnica Entrevista (tempo: 12′:53″) |
Aula 05 – Técnica Pesquisa (tempo: 7′:43″) |
Aula 06 – Técnica Análise de Dados (tempo: 13′:59″) |
Aula 07 – Técnica Painel de Referência (tempo: 11′:02″) |
Aula 08 – Técnica Análise SWOT (tempo: 18′:24″) |
Aula 09 – Técnica Diagrama de verificação de Risco (tempo: 15′:36″) |
Aula 10 – Técnica Mapa de Processos (tempo: 6′:08″) |
Aula 11 – Técnica Stalkeholder (tempo: 11′:23″) |
Aula 12: Técnica Benchmarking (tempo: 10′:54″) |
Aula 13 – Técnica Inspeção (tempo: 10′:54″) |
Aula 14 – Técnica Observação (tempo: 10′:43″) |
Aula 15 – Técnica Análise Documental (tempo: 11′:23″) |
Aula 16 – Técnica Conformação Externa (tempo: 13′:51″) |
Aula 17 – Técnica Indagação Escrita ou Oral (tempo: 12′:06″) |
Aula 18 – Técnica Recálculo (tempo: 5′:29″) |
Aula 19 – Técnica Procedimentos Analíticos (tempo: 9′:44″) |
Aula 20 – Técnica Reexecução (tempo: 6′:13″) |
Aula 21 – Técnica Rastreamento e Vouching (tempo: 4′:45″) |
Aula 22 – Técnica Amostragem (tempo: 13′:52″) |
Aula 23 – Estudo de Caso em Auditoria Governamental (tempo: 43′:42″) |
Módulo Técnicas de Auditoria |
Outros Assuntos de Auditoria: Áreas de Auditoria | Planejamento de Auditoria | Procedimentos de Auditoria | Técnicas de Auditoria |Papéis de Trabalho | Controle Social
Capacitação no tema:
Curso Auditoria Governamental e Controladoria no Setor Público